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        O desperdício tem ligação direta com a falta de água e também com a exploração acentuada dos recursos hídricos. Fala-se em progresso e lucro a todo custo, não se observando que os maiores preços a serem pagos são a degradação do meio ambiente.

        A escassez da água potável é uma realidade em muitas partes do mundo. Em contrapartida o mau uso dos recursos hídricos nas cidades, indústrias e zonas rurais é um fato. Não é de se admitir que com tantos avanços tecnológico e científico em várias áreas do conhecimento, ainda são somos capazes de atitudes tão simples, que é cuidar do planeta em que vivemos, para que todas as formas de vida consigam ter qualidade.

        O reuso da água, é uma alternativa economicamente viável e eficiente, por exemplo, coletar águas pluviais e armazenar para uso diário nas residências e empresas, já é uma realidade em algumas regiões. Outro fator a ser considerado, em nossos dias é o aumento do mercado imobiliário, são criados novos condomínios residenciais e empresariais, que exigem cada vez mais água potável.



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COLETA DE ÁGUAS PLUVIAIS
COLETA DE ÁGUAS PLUVIAIS

COLETA DE ÁGUAS PLUVIAIS PELAS EMPRESAS: ATITUDE INTELIGENTE, ECONOMIA E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL

Vanderlei Felippe1
Maria Benedita da Silva Prim2

 

RESUMO

Este artigo objetiva informar aos leitores a importância para a natureza e para a humanidade da coleta de águas pluviais pelas empresas. O desperdício tem ligação direta com a falta de água e também com a exploração acentuada dos recursos hídricos. Fala-se em progresso e lucro a todo custo, não se observando que os maiores preços a serem pagos são a degradação do meio ambiente. Não se aplica o uso sustentável dos recursos hídricos na maioria das empresas e residências. O uso sustentável dos recursos naturais é uma discussão recente muito pouco praticada. Mas existem exemplos de ações comunitárias bem sucedidas, como por exemplo, o da Ecovila Clareando. Pensando nisso, uma empresa situada na cidade de São José - SC dá um bom exemplo de atitude ambiental, aplicando vários projetos ambientais em suas instalações, melhorando a qualidade de vida e bem estar dos seus colaboradores. Coletar águas pluviais e armazenar é uma atitude inteligente, visto a economia no bolso e principalmente o melhor aproveitamento dos recursos hídricos.


Palavras-chave: Água potável. Uso sustentável dos recursos hídricos. Dinâmica ambiental.

1 Autor: Tecnólogo em Gestão Ambiental. Email vdfelippe@ibest.com.br
2 Co-Autora: Bióloga, especialista em Didática e Metodologia em Ensino. Mestre em Gestão Ambiental. Email beneprim@hotmail.com

1 INTRODUÇÃO

A escassez da água potável é uma realidade em muitas partes do mundo. Em contrapartida o mau uso dos recursos hídricos nas cidades, indústrias e zonas rurais é um fato. Não é de se admitir que com tantos avanços tecnológico e científico em várias áreas do conhecimento, ainda são somos capazes de atitudes tão simples, que é cuidar do planeta em que vivemos, para que todas as formas de vida consigam ter qualidade.
O presente trabalho tenciona explorar esse universo de falsa abundância, desperdício e sede em várias regiões. Precisamos de ações compartilhadas, desde o governo federal até as famílias. Educar ambientalmente para o uso racional e sustentável dos recursos hídricos é a forma mais rápida de obter os resultados necessários para que todos tenham água potável, livre se sujeira e contaminação.

O reuso da água, é uma alternativa economicamente viável e eficiente, por exemplo, coletar águas pluviais e armazenar para uso diário nas residências e empresas, já é uma realidade em algumas regiões. Outro fator a ser considerado, em nossos dias é o aumento do mercado imobiliário, são criados novos condomínios residenciais e empresariais, que exigem cada vez mais água potável.

2 A COLETA DA ÁGUA DA CHUVA COMO ALTERNATIVA DE ECONOMIA NAS EMPRESAS E RESIDÊNCIAS E MINIMIZAÇÃO DAS ENCHENTES URBANAS

Uma das maneiras de minimizarmos os efeitos das enchentes em áreas urbanas pode ter relação direta com a captação da água da chuva que escorre na cobertura das casas (por meio de calhas) e direcionamos esse recurso a reservatórios próximos às habitações. Essa atitude pode diminuir o volume e a velocidade da água da chuva que escorre pelas ruas, bueiros e rios que atravessam nossas cidades. Em outras palavras, recolher parte da água da chuva reduz o volume de água que pode causar desastres de todo tipo CAPELO (2013).
Por outro lado, temos o desafio do planejamento urbano que deveria estar mais atento e apresentar propostas para o problema dos assentamentos ilegais ou instalado em área de risco: beira de rios, córregos e encostas de morros. Bem como, o aumento das áreas impermeáveis nos centros urbanos, onde a cobertura vegetal do solo esta sendo substituída por cobertura asfaltica e de concreto, que impedem a penetração da água no solo, saturando a capacidade dos sistemas pluviais e alagando bairros inteiros (Capelo, 2013).
Pensar em estratégias para armazenar parte das chuvas não á apenas uma questão de combate às enchentes. Já sabemos dos problemas da escassez de água vividos por bilhões de pessoas em todo o planeta. A água da chuva serve para lavar roupas, tomar banho, limpar a casa, limpar carros, abastecer as descargas sanitárias e torneiras de banheiros.
Um exemplo bastante interessante é o de uma comunidade sustentável chamada de Ecovila Clareando – SP, onde todas as residências precisam ter captação de água, reservatório de água pluvial. Todos os pontos hidráulicos (com exceção da torneira na pia da cozinha) estão ligados às cisternas de água de chuva: chuveiros, bacias sanitárias, lavanderia, quintal, tudo (Capelo, 2013).
Se esse modelo fosse implantado em grande escala nas cidades, certamente a população sentiria efeitos positivos em pouquíssimo tempo. Os problemas decorrentes da falta de água ou pelo excesso nos dias de temporais, seriam minimizados, a preços baixos para os cofres públicos. BENCKE; RECKZIEGEL; TAUCHEN (2010) corroboram:
Diante da necessidade de solução que visa à garantia de um abastecimento com qualidade e quantidade suficiente à população do ambiente escolar, a captação da água da chuva surge como alternativa mais viável e inteligente, pois sua implantação traz benefícios ambientais e econômicos. Tendo em vista o problema da escassez da água de boa qualidade e a preocupação de criar uma nova geração de crianças e adolescentes mais conscientes com a utilização da água da chuva para o uso não potável [...]. Essa forma de aproveitamento tem apontado ser viável por ser uma alternativa de baixo custo, e eficaz em resolver o problema da demanda prolixa de água destinada ao consumo humano.

Figura 1: Sistema de captação de água da chuva
3
Fonte: Disponível em <https://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://3.bp.blogspot.com>. Acesso em 17 mar. 2013

Figura 2: Captação em casas urbanas
Fonte: Disponível em <https://www.google.com.br/imgres?imgurl=https://3.bp.blogspot.com>. Acesso em 17 mar. 2013.

A utilização da água da chuva traz diversas vantagens, afirma SANTOS (2007):

 Redução do consumo de água da rede pública e do custo de fornecimento da mesma;
 Evita a utilização de água potável onde esta não é necessária;
 Os investimentos de tempo, atenção e dinheiro são mínimos para adotar a captação de água pluvial na grande maioria dos telhados, e o retorno do investimento ocorre a partir de dois anos e meio;
 Faz sentido ecológica e financeiramente não desperdiçar um recurso natural escasso em toda a cidade, e disponível em abundância no nosso telhado;
 Ajuda a conter as enchentes, represando parte da água que teria de ser drenada para galerias e rios;
 Encoraja a conservação de água, a autossuficiência e uma postura ativa perante os problemas ambientais da cidade.

Em 1889 as forças de ocupação italiana na Somália importaram gado da Índia e do sul da Rússia infectado com peste bovina para alimentar suas tropas (Bensusan; Reader,1997, p115).

Foi o ponto de partida para a doença se espalhar por todo o Continente Africano, abatendo cerca de 95% do gado e uma parcela significativa de animais silvestres. Causando desequilíbrio ecológico. Um deles foi a ampliação do domínio da mosca tsé-tsé causadora da doença do sono que provocou 200 mil mortes em humanos por volta de 1906. Uma consequência direta foi o aumento da área ocupada por animais silvestres. As mesmas áreas antes ocupadas por humanos que sobreviviam da pecuária bovina. (Bensusan; Reader, 1997, p115) afirma:

Essas áreas, pouco tempo antes, intensamente utilizadas pelas populações africanas, foram identificadas pelos conservacionistas das forças coloniais como o retrato da África intocada e, muitas delas, foram transformadas em áreas protegidas: Serengueri, Masai Mara, Tsavo, Selous, Ruaha, Luangwa, Kafue, Wankie, Okavango, Kruguer, entre outras.
Menciona-se este assunto como exemplo do que é desequilíbrio ecológico. Uma atitude irresponsável da Índia e do Sul da Rússia criou um enorme problema ambiental em todo o Continente Africano. Assim como a dinâmica sugerida por Dias (2010, p.16-21) mostra que qualquer alteração num dos componentes do sistema ecológico, pode alterar todos os demais. Podemos agregar este conhecimento à falta de água potável por imprudência das comunidades ignorarem a importância da captação da água da chuva.
Na Constituição Federal de 1988 (no Brasil) – e pela primeira vez em sede constitucional – o meio ambiente ecologicamente equilibrado foi reconhecido como direito fundamental, essencial à sadia qualidade de vida (art. 225 caput, da CF) e à dignidade da pessoa humana (art. 1º, inc. III, da CF), (Bechara, 2009 p.7).
Maria Isabel de Matos Rocha teoriza que o meio ambiente sadio, responsável pela qualidade de vida, é pressuposto dos demais direitos fundamentais:

“Só os que tiverem vida com qualidade e saúde poderão exercitar os demais direitos de personalidade e políticos. Se não houver esse meio ambiente saudável, ficarão prejudicados o direito à igualdade, à família, à moradia, ao trabalho, à intimidade e à vida privada. E se formos a uma favela e virmos dez pessoas duma família morando num barraco de um só cômodo, saberemos com certeza que não tem uma vida sadia, e têm prejudicado todos os seus outros direitos. Onde está a sua saúde, sem [tratamento de] esgoto nem água? Que intimidade ou privacidade pode haver? Que família será esta?”

3 LEGISLAÇÃO - POLITICA NACIONAL DOS RECURSOS HÍDRICOS

A política nacional de recursos hídricos é um importante instrumento na orientação, fiscalização desses recursos em todo o território nacional, fundamenta-se em:


Art. 1º A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:


I - a água é um bem de domínio público;
II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;
III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;
VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades.


O acesso à água potável tem melhorado continuamente e substancialmente nas últimas décadas em quase toda parte do mundo. Existe uma correlação clara entre o acesso a água potável e o PIB per capita de cada região. No entanto alguns pesquisadores estimaram que em 2025, mais da metade da população mundial sofrerá com a falta de água potável vista o desperdício e mau uso deste recurso. A água desempenha um papel importante na economia mundial, já que ela funciona como um solvente para uma grande variedade de substâncias químicas, além de facilitar a refrigeração industrial e o transporte.


A gestão dos recursos hídricos é de responsabilidade de todos: Sociedade e poder público, quando lavamos o carro, calçada, jardim, roupas, lavamos a louça. Pensa-se que tal atitude não faz a diferença perante a ilusão de água em abundância que permeia o imaginário coletivo, e em especial quando acreditamos que temos o direito de usar e abusar, porque pagamos por ela.


O Art. 2º dessa política, diz:

I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;
II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;
III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.


4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS – POSSIBILIDADE DE MINIMIZAÇÃO DE DANOS

Trabalhar com a temática meio ambiente não é simples, pois exige a participação de toda a sociedade para que os projetos ambientais tenham sucesso. A escola apresenta-se como espaço educador sustentável privilegiado, pois se quiser, pode desenvolver projetos de educação ambiental das mais variadas formas, inclusive o de coleta da água da chuva. Quando desde cedo as crianças aprendem que cuidar do meio ambiente nos seus pequenos detalhes, estamos de fato é cuidando da vida do planeta. Tais atividades trabalhadas de forma interdisciplinar e constantes colaboram com a alfabetização ecológica dos sujeitos.


Se a escola resolver trabalhar com educação ambiental, voltada para a captação de águas, estará educando os alunos e a comunidade escolar para mudanças estruturais de atitudes, e conforme BENCKE; RECKZIEGEL; TAUCHEN (2010) estará dando significado às práticas pedagógicas, pois segundo os autores:


Educação ambiental consiste basicamente em aprender e utilizar novas tecnologias que possibilitem o aumento da produtividade, evitando desastres ambientais, aliviando os danos existentes, conhecendo e empregando novas oportunidades. É a aprendizagem de como gerenciar e melhorar as relações entre a sociedade e o ambiente, de modo interligado e sustentável.


Effting (2007) corroborando com o tema ora discutido afirma que:


Educação ambiental ajuda a fazer e compreender claramente, a existência da interdependência econômica, social, política e ecológica, nas zonas urbanas e rurais; proporciona a todas as pessoas, a possibilidade de adquirir os conhecimentos, o sentido dos valores, o interesse ativo a as atitudes necessárias para proteger e melhorar o meio ambiente; induz novas formas de conduta nos indivíduos, nos grupos sociais e na sociedade em seu conjunto, a respeito do meio ambiente. As escolas destacam-se como espaços privilegiados na prática de atividades que proporcionem a reflexão sobre a importância da temática ambiental. Na publicação


O uso adequado da água só será realidade após muito trabalho de educação ambiental nas escolas, empresas, órgãos públicos, grupos, enfim toda a sociedade durante longo período será necessário que compreendam os motivos pelo qual suas ações dali em diante lhes proporcionará melhor qualidade de vida. Interessante ainda, envolver toda a comunidade na mesma proposta de uso racional da água.

Essa proposta acontece no currículo escolar, mas deve envolver a comunidade em ações e atividades que consigam ao mesmo tempo educar, promover a aproximação dos envolvidos e ser também prazerosa. Nesse sentido algumas dinâmicas de grupo podem ajudar nesse propósito, citaremos como ilustração de como agregar as três ecologias, uma “modelo” dessa atividade. A dinâmica pode ser feita em grupos pequenos ou grandes. Apresentaremos o passo-a passo:


Solicitar desses grupos a participação de voluntários para formar um pequeno grupo (mínimo de doze pessoas e máximo de vinte), Este pequeno grupo será convidado a se afastar do grande grupo, pois vai ouvir as orientações que não podem ser de conhecimento do grande grupo.


 Formar um círculo;
 Cada pessoa deve escolher outras duas do grupo, mas sem revelar as escolhas;
 Dadas as orientações, esse grupo voltará para o local onde estão as pessoas do grupo maior. Ali formarão um círculo e começarão a se movimentar;
 No início, será uma grande e engraçada confusão: as pessoas do grupo menor se movimentarão de um lugar para outro de forma curiosa e os espectadores não entenderão nada;
 Em dado momento o grupo chegará a um ponto de equilíbrio em que todos ficarão parados;
 Neste momento, escolher de forma aleatória um componente do grupo e pedir que ele se afaste por cinco passos (em qualquer direção); em seguida orientar o grupo para que todos se movimentem mais uma vez até que atinja novo equilíbrio (inclusive a pessoa que foi deslocada inicialmente);
 Observar que a pessoa escolhida por várias outras se torna peça chave no sistema. Ou seja, qualquer movimento seu implica grandes perturbações em vários setores do sistema. O contrário também pode ocorrer.
 A pessoa que foi escolhida por várias outras pode simbolizar, por exemplo, a cobertura vegetal. Sabemos que qualquer mudança nesse fator altera todos os outros: solo, água, clima, fauna.
Na atualidade há necessidade de coletar água da chuva a fim de poupar as reservas de água potável do planeta, evitando o desequilíbrio para as vidas aquáticas. As atividades humanas são feitas sem pensar nas consequências ambientais que criam problemas para todos os ecossistemas terrestres.


5 ESTUDO DE CASO: EMPRESA C-PACK CREATIVE PACKAGING - EXEMPLO A SER SEGUIDO


A empresa objeto desse estudo de caso situa-se na cidade de São José/SC, esta entre os bons exemplos de atitude ambiental. A mesma possui um sistema de captação de água da chuva, faz o aproveitamento da iluminação natural, aquecimento solar para água usada nos chuveiros dos banheiros, sistema de tratamento de efluente. Esta localizada num condomínio empresarial junto a Rodovia SC 407, Bairro Sertão do Imaruim, São José – SC.
O ramo empresarial é a produção de tubos e tampas para empresas como a Natura e a Avon. A produção limpa nesta empresa é visível por meio do aproveitamento dos resíduos da produção e por meio de um projeto que visa à minimização do desperdício de água e energia elétrica. As sobras de material no processo produtivo são aproveitadas através de uma empresa terceirizada que devolve uma parte do produto a C-PACK para o reuso em materiais novos.

Figura 3: – Empresa C-Pack Creative Packaging S/A
Fonte: <https://www.c-pack.com.br/?page=cpack&i=2>. Acesso em: 20 fev. 2013.


Atitudes empresariais dessa natureza colaboram com o meio ambiente, e ao adotarem tais posturas, estão também educando ambientalmente os funcionários e colaboradores.


6 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Captar a água da chuva é algo simples, barato e imensamente recompensador. Diante da escassez de água potável em que nos encontramos, faz se necessário encontrar novas formas de captar, armazenar e aproveitar a água. A água da chuva está disponível na grande maioria das regiões, e por isso sua captação pode resolver problemas como as enchentes nas cidades e a ameaça de conflitos sociais pela água.


Envolver as escolas e a comunidade do entorno, na busca de soluções sustentáveis, é um primeiro passo para as grandes mudanças, que se espera da atual geração. A educação ambiental no currículo da escola e no cotidiano das atividades sensibiliza os sujeitos para as mudanças necessárias. Por outro lado, a escassez da água é problema também das empresas que a usam em abundância e precisam dela para suas atividades diárias, e na grande maioria com enorme desperdício. MOTTA (2011) completa:


Todo funcionário deve estar consciente das questões ambientais da empresa, do seu desempenho ambiental e do próprio desempenho operacional. Um programa de educação ambiental envolve um conjunto de atividades sistematizadas e com a participação dos diversos setores da empresa/escola e que auxiliam na elaboração dos indicadores ambientais. Tais atividades demonstram não só os benefícios de um programa de educação ambiental, mas também como se torna uma ferramenta fundamental do sistema de gestão ambiental. É um programa de causa nobre, e não pode estar distanciado da realidade operacional e ambiental da empresa.


Por meio da elaboração deste trabalho, verificou-se o quanto é simples à população, escolas e empresas contribuírem com a economia hídrica, através de projetos, palestras, dinâmicas de grupos ou mesmo com a mudança de alguns hábitos no nosso dia-a-dia. O primeiro passo para redução da demanda da água é o seu uso racional. O uso de cisternas é viável economicamente, por ser uma alternativa de baixo custo e eficaz na resolução do problema do uso excessivo da água potável ao consumo humano. Pode-se perceber que a conscientização e incentivo de órgãos públicos para a economia da água potável, com programas de educação ambiental à sociedade, pode ser um passo inicial para a sustentabilidade.

7 REFERÊNCIAS


BECHARA, Erika. Licenciamento e compensação ambiental na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). São Paulo, 2009.
BENCKE, Gezebel Marcel; NURIT, Bensuan; TAUCHEN, Joel Antônio. Cisternas para o aproveitamento de água da chuva: uso não potável em escolas municipais de Horizontina. [Artigo]. Disponível em: <https://www.fahor.com.br/publicacoes/saep/2010_ cisternas_escolas_horizontina.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2013.
BENSUAN, Nurit. Conservação da biodiversidade em áreas protegidas: conservação origens e história. Rio de Janeiro, 2006.
BRASIL. Lei nº9433, de 8 DE JANEIRO DE 1997. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. De 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9433.htm>. Acesso em: 28 fev. 2013.
BUENO, Chris. Os dez mandamentos da economia de água. Disponível em: <https://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=27386&action=geral>. Acesso em: 21 fev. 2013.
CAPELO, Giuliana. Vamos usar mais a água da chuva. Disponível em: <https://planetasustentavel.abril.com.br/blog/gaiatos-e-gaianos/vamos-usar-mais-agua-de-chuva/>. Acesso em: 17 de janeiro de 2013.
DIAS, Genebaldo Freire. Dinâmica e instrumentação para educação ambiental. Gaia. São Paulo, 2010.
MOTA, Márcio Jardim. Educação ambiental nas empresas e o sistema de gestão ambiental. Disponível em: <https://bve.cibec.inep.gov.br/ac_rap.asp?cat=7&nome=cursos %20%20pos-graduaçao>. Acesso em: 17 mar. 2013.
SANTOS, Caroline dos. O Aproveitamento da água de chuva para uso não potável em edificações. [Artigo científico]. Disponível em: <https://www.ee.pucrs.br/tcc/principal. php?CURSO=civil&ANO=2007>. Acesso em: 17 fev. 2013.

Artigo apresentado em 11 de maio de 2013 à banca avaliadora da FADESC UNIASSELVI com o objetivo de galgar o título de Pós Graduação em Gestão e Educação Ambiental.

As imagens descritas no decorrer do artigo não foram expostas aqui, porquê o site não comporta.

Vanderlei Felippe